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Posted by : Unknown
quinta-feira, 5 de junho de 2014
Nome Original: Maleficent
Diretor: Robert Stromberg
Duração: 97 Min
Como muitos já conhecem a
personagem Malévola(Angelina Jolie) da infância,baseado no conto
clássico da bela adormecida, eis que a Disney nos traz uma proposta não de contar uma
história sobre princesas e príncipes vivendo felizes para sempre, mas fazer uma
releitura poderosa de uma vilã que até então nunca teve voz para contar o seu
lado.Dessa vez não é Malévola "A Vilã", mas
sim Malévola "A protetora do reino dos
Moors", uma fada com chifres e asas que mantém a paz entre dois
reinos, o reino dos Moors e o reino dos homens, até que se afeiçoar pelo humano Stefan
(Sharlto Copley). Os dois criam uma
grande amizade e se apaixonam, e
ao ter sua inocência devorada pela ambição dos humanos, Malévola se transforma
em uma das piores vilãs dos contos de fadas. Tornando-se vingativa
e amarga, ela decide amaldiçoar a filha recém-nascida de Stefan, Aurora (Elle Fanning). Porem enquanto vivencia
a jovem crescer acaba criando uma forte relação com a doce e pura princesa.
Por conta um lado de diferente da história, o ponto
de vista da vilã. O filme pode estraga (para alguns) a fama da personagem que
para muitos é considerada como "A vilã da disney", mas a performance
de Jolie nos mostra uma
personagem mais complexa do que aparenta, mergulhada em sofrimento físico e
emocional. Sem cair na autopiedade, ela transita facilmente entre a bondade e a
maldade, a perdão e a vingança, o amor e o ódio.O resultado é tão acima da
media que que chega a ser aceitável que os personagens secundários apareçam
pouco, já que eles servem de escada para o desenvolvimento de Malévola.
A Aurora
de Fanning tem toda a doçura de uma princesa da Disney, mas o filme não é dela. Na
pele do corvo Diaval, Sam Riley mantém uma relação encantadora de equilíbrio e
confiança com a personagem-título.É incrível como só no olhar ele ver
profundamente a tristeza profunda da principal.
A outro lado interessante a ser visto na trama, a
prudência em relação ao romance , a recusa do amor à primeira vista e o amor
incondicional que me fez lembra Frozen, e
parece representar o discurso politicamente correto destinado às jovens garotas. Como
sempre, a Disney não deixa de pregar os bons costumes e renovar a pureza do seu
público por meio de suas pequenas lições.
Menos
sombrio do que o prometido, mas eficiente ao humanizar a personagem-título
muito além do bem e do mal, “Malévola” reavalia o amor verdadeiro em um mundo
cada vez mais cruel. Indico muito o filme.E por favor, vão e levem seus filhos,
amigos ou mendigos, porque até eles merecem assistir Jolie e sua Malévola nas
telonas do cinema.
Obs: Critica feita por Driele Carvalho