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- Critica - O Espelho
Posted by : Unknown
terça-feira, 8 de julho de 2014
Nome Original: Oculus
Dretor: Mike Flanagan
Duração: 104 Min
Atualmente
os filmes de terror vem seguindo
fórmulas ultrapassadas e a escassez de idéias que trazem mais e mais remakes
com personagens superficiais, que é difícil criar grandes expectativas.
Felizmente (principalmente ano passado)o gênero se reinventa e traz ótimas
novidades capazes de surpreender seu publico. Os incríveis Mama e Invocação do Mal(
alem do remake de Evil Dead) são a
prova viva que construir uma atmosfera
imensa de terror permite que o filme nos controle, de forma que ficarmos a
mercê da narrativa. Quando uma pessoa fica sozinha, trancada em um quarto,
conseguimos nos arrepiar graças a tudo o que foi construído ao longo de uma boa
história, boa atuação, boa direção de arte, boa trilha sonora… Um bom filme que
culmina pra uma boa memória. O Espelho
investe em menos sustos mas é muito competente em criar situações de
tensão. O resultado poderia ser bem melhor, mas o filme ainda sim é
acima da media comparados a outros lançados recentemente.
Dirigido por Mike Flanagan,o longa conta a história
dos irmãos Tim (Brenton Thwaites)
e Kaylie Russell (Karen Gillan).
Após ser liberado de uma clínica onde estava internado, o primeiro volta a
encontrar com a irmã, que lhe apresenta um plano que ele não queria ouvir. Ela
deseja acertar as contas com uma entidade sobrenatural que atingiu sua família
anos atrás, estando manifestada em um antigo espelho.
Após anos em tratamento, Tim se recusa a acreditar nas coisas que Kaylie diz ter vivido no passado, mas aos poucos ele vai se deparando com situações que fogem de uma interpretação mais racional.
Após anos em tratamento, Tim se recusa a acreditar nas coisas que Kaylie diz ter vivido no passado, mas aos poucos ele vai se deparando com situações que fogem de uma interpretação mais racional.
Uma das coisas mais interessantes deste filme é
que ele não perde tempo com futilidades antes de partir para a trama principal.
Desde o começo, a protagonista já sabe exatamente com o que está lidando, e tem
um plano para encarar o seu pior medo. O conceito é diferente porque,
geralmente, as vítimas são pegas desprevenidas. Elas não sabem o que está
acontecendo, e nem como podem revidar. Mas isso não é o que acontece com esses
dois irmãos. A menina, em especial, tem todo um plano mirabolante para mostrar
ao mundo que o espelho é muito mais do que parece ser. E é com essa premissa,
desde os primeiros minutos, que a trama deste filme se desenvolve.
Outro ponto forte está na condução do roteiro. A forma como ele realiza transições entre o que está acontecendo
e flashbacks do que
aconteceu com a família é fabulosa e elegante. Com o andamento da trama, tais
transições se tornam tão freqüentes que o passado e o presente quase interagem.
E o bom é que isso acontece de forma natural, sem causar estranhamento no
espectador.
No campo da atuação o destaque está para a bela Karen Gillians,
mais conhecida pelo seu trabalho na serie Doctor Who que entrega uma atuação emergente, que vai alem dos gritos
tradicionais do gênero. As crianças Annalise Basso e Garrett Ryan,
que interpretam os protagonista da história quando jovens também estão bem e
chegam a roubar a cena em vários momentos.E para completar ainda temos Katee Sackhoff (da série Battlestar Gallatica)
e Rory Cochrane que também desempenham um ótimo trabalho nos papéis dos pais da
dupla de irmãos, os principais catalisadores das maldições do tal espelho.
Enfim, eu recomendo. Achei muito interessante! A
metáfora aplicada no caso do espelho é também muito mais sofisticada do que o
que geralmente encontramos no gênero. Apesar de toda essa sensação de interesantismo
e tensão, é uma pena que o desfecho seja tanto previsível, mas ainda sim O
Espelho é bem superior à grande maioria dos verdadeiros caça-níqueis de terror
lançados anualmente e uma ótima pedida para os fãs do gênero que procuram por
novidade.