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- Critica - Transformers: A Era da Extinção
Posted by : Unknown
terça-feira, 15 de julho de 2014
Nome Original: Transformers: Age of Extinction
Diretor: Michael Bay
Duração: 165 Min
Posso
dizer que sou um grande fã de Transformer.Calma estou falando dos brinquedos
marcaram minha infância e de vários com vinte e poucos anos ai.Lançado em 2007
o primeiro filme foi uma das minhas experiência cinematográfica recente que
guardo na memória,um sonho realizado e bem idealizado por seu (contestado)
diretor Michael Bay, uma ótima adaptação
repleta de ação, humor, com uma trilha sonora certeira, tanto musical quanto
orquestrada, além de ter uma história simples porém cativante sobre um jovem
apaixonado pela garota mais popular do colégio e que precisa tirar notas boas
para comprar seu primeiro carro.
Infelizmente,as
continuações Transformers: A Vingança dos Derrotados e Transformers: O Lado Oculto da Lua,mesmo
fazendo sucesso financeiro foram fraquíssimas e se perdem completamente em
tentar expandir seu universo a explosões,diálogos bizarros e um sem numero de
personagens que são postos sem razão aparente.Vendo isso a Paramount decidiu
renovar o elenco para a eventual continuação.
Assim
chegamos a esse Transformers: A Era da
Extinção filme que continua os eventos após seu antecessor e ao mesmo tempo
reboota a serie mostrando novos protagonistas.Novamente dirigido por Michael
Bay e com uma história promissória mais cheia de pontas soltas,resultando no
mais do mesmo, o filme tem um cansativo terceiro ato que quase estraga toda a
empolgação.
Transformers: A Era da Extinção se
passa quatro anos após a conclusão de Transformers 3: O Lado Oculto da Lua. Na
trama, Cade Yeager (Mark Wahlberg) é
um mecânico, inventor e caçador de relíquias falido que tem o sonho de ser
reconhecido pelo seu trabalho para poder pagar os estudos de sua filha Tessa (Nicola
Peltz – assumindo o posto de gostosa da vez). Além de consertar
aparelhos eletrônicos dos vizinhos, o que lhe rende pouquíssimo dinheiro, Cade
vive comprando coisas velhas que as pessoas não usam mais com o objetivo de
inventar alguma coisa, cuja patente lhe deixaria milionário. Sua vida muda
quando, ao visitar um cinema abandonado no Texas,
se interessa por um caminhão velho e destruído e o compra. Durante o conserto
do caminhão em seu celeiro,Cade percebe que o sistema mecânico daquele caminhão
é completamente diferente e que, portanto, poderia se tratar de um transformer. Após algumas
noites em claro, consegue consertar e ativar Optimus
Prime (novamente na voz
de Peter Cullen),
que agora passa a ter uma dívida com Cade. Optimus envia uma mensagem ao
restante dos Autobots sobreviventes e consegue se reunir ao sempre carismático Bumblebee e aos novos Autobots: Autobot Hound
(na voz do grande John
Goodman); Autobot Drift (na voz do ótimo Ken Watanabe), um
Autobot samurai ; e Autobot Crosshairs (voz de John DiMaggio).
Paralelo
a estes acontecimentos, somos apresentados a um grupo secreto do governo muito
semelhante à equipe Nest liderada pelo personagem de Josh
Duhamel na primeira trilogia.Com os adventos negativos da batalha em
Chicago de Transformers: O Lado Oculto da Lua, o governo decidiu não
contar mais com a ajuda dos Autobots, obrigando os robôs a se refugiarem e a se
disfarçarem, o que explica a mudança de visual de Optimus e Bumblebee.
Também somos apresentados ao cientista Joshua Joyce (Stanley
Tucci) e seu sócio de negócios Harold Attinger (Kelsey Grammer).
Joyce é uma espécie de Steve
Jobs da indústria
armamentista e que vem conseguindo criar seus próprios transformers baseados no “DNA” dos robôs capturados
por Lockdown(voz de Mark
Ryan),que tem como objetivo criar transformers em larga escala e vendê-los para
outros países. Já Attinger tem uma mente maligna e trabalha ao lado de
Lockdown, liderando à distância a equipe de caça em busca de Optimus Prime.
Com esse núcleos bem definidos o roteirista Ehren Kruger, que retorna à franquia mais uma vez assinando o filme
sozinho, usa tudo que deu certo na primeira parte da serie.Com um numero menor
de personagens dar para explanar melhor a narrativa, o problema é que isso não
bem usado, a vários pontos confusos e sem menor explicação que com a duração
excessivamente grande(como o filme tem) poderia ser melhor trabalhada,porem
tanto o diretor quanto o roteirista acham melhor inserir exageradas cenas de
ação e piadas para entreter(ou não) e empolgar seu espectador.Uma pena ver
tanto potencial continuar sendo mal aproveitado.
Um dos pontos positivos deste filme realmente está no elenco renovado. Nomes de peso
como Kelsey Grammer, Stanley Tucci e o próprio Mark Wahlberg foram adições bem
vindas ao filme. Este último realmente supera o insosso protagonista dos
últimos três filmes, Shia LeBouf com uma personalidade mais carismática e uma
atuação levemente superior dentro da trama. O triangulo entre ele, a filha e o
namorado da mesma (Jack Reynor) arranca alguns momentos engraçados e no geral
funciona bem.
As cenas
de ação são a marca de Michael Bay.O diretor pode ser criticado por sua
narrativa, mas ninguém pode falar que ele não sabe criar cenas de ação com um
nível de destruição tão incrível.Os apaixonados pelo seu cinema e pela serie
não vão ter do que reclamar.A trilha sonora de Steve Jablonsky continua
perfeita e a musica da banda Imagine Dragons cai como uma luva para o filme.
Infelizmente,a
outro ponto negativo, o terceiro ato é cansativo e repete os mesmos erros dos dois
filmes anteriores, pecando pelo(mais uma vez) excesso. Chega a ser chata essa
mania de Bay em querer que o filme seja maior e mais
épico possível, algo que não contribui em nada para o desenrolar da trama. Até a
presença dos Dinobots(uma das novidades que aguardei) no filme poderia ter sido
descartada se os Autobots, de fato, não precisassem de um novo exercito!
Com um
inicio promissor mais que se perde apenas para induzir a ação frenética e
um terceiro ato desnecessário dos longos
165 minutos de fita, Transformers:
A Era da Extinção se reinventa com seu novo elenco e os novos personagens que
injetam um pouco de ânimo à franquia,mais que continua pecando em sua narrativa
fútil e sem grandes novidades.Talvez Michael Bay e sua franquia deva tomar umas
aulinhas com Guillermo Del Toro e seu Circulo de Fogo.Ou será ele um
Transformer disfarçado de diretor Hollywodiano? O correto é que quem não gosta,
vai passar longe. Quem é fã, vai ao cinema não importa o que se diga sobre ele. A
Era da Extinção é
o típico blockbuster cinematográfico que os fãs querem. E as bilheterias
gordas estão aí para comprovar isso.