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- Critica - Drácula: A Historia Nunca Contada
Posted by : Unknown
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
Nome Original: Dracula Untold
Diretor: Gary Shore
Duração: 92 Min
Drácula,
é um dos personagens mais cultuados da historia.A cada nova versão sua historia
é recontada das mais variadas formas.Pois tendo direitos sobre os monstros
clássicos(que inclue alem do vampirão, o Monstro de Frankenstein, A Mumia e o
Lobisomen) a Universal tentar criar seu universo compartilhado começando por esse Drácula – A Historia Nunca Contada,
filme que revisa as os origens do personagem lembrando os moldes do recente
Malevola. Não há problema nenhum em humanizar o personagem-título ou
transformá-lo em um herói trágico em suas origens. O problema é fazê-lo em um
filme que renega o mundo bárbaro e sedutor no qual ele está inserido.
Dirigido
pelo estreante Gary Shore e
roteirizado por Matt Sazama e Burk Sharpless (também estreantes), o
longa tem Vlad Dracul (Luke Evans)
como um príncipe benevolente da Transilvânia que, quando criança, foi entregue
como refém real para os turcos. Obrigado a lutar ao lado de seus captores, Vlad
ficou conhecido como o Empalador, um guerreiro brutal e monstruoso.Após mais de
uma década de paz, ele recebe a exigência do sultão Mehmed (Dominic Cooper) de entregar mil
crianças de seu reino, assim como seu próprio filho, para servirem ao exército
turco.
Sem
defesa, Vlad procura poder nas trevas, fazendo um acordo com um mestre vampiro
(Charles Dance) para ganhar a força
que precisa para vencer seus adversários no campo de batalha. Se, em três dias,
Vlad não sucumbir à sede de sangue humano que acompanham seus poderes, ele
voltará a ser humano. Mas, se ceder, libertará o mestre vampiro e se tornará
ele mesmo uma criatura das trevas para sempre.
Todos os
aspectos do filme se mostram superficiais demais devido sua curta metragem,
desde a culpa que Vlad sente pelos seus atos pregressos, passando pelo amor do
herói por sua esposa (Sarah Gadon) e
família, até chegar nas consequências de seu pacto com o Mestre – cuja
participação na trama é mais uma lacuna para ser preenchida nos próximos
capítulos da franquia que qualquer outra coisa, desperdiçando completamente
Charles Dance em cena.
O lado dramático da trama como a sede e o
afastamento da humanidade, características que deveriam estar presentes para
nos mostrar a força de Vlad ao resistir a elas, mal são exploradas que ao invés
de acrescentar camadas de complexidade ao personagem-título, acaba por
diminuí-lo, apesar de Luke Evans tentar fazer o que pode com o material que tem
em mãos.
Outro
detalhe a ser visto é o cuidado extremo na hora
de apresentar o sangue durantes
as batalhas. Isso porque a imposição de uma censura baixa impede que a
selvageria das batalhas ganhe as telas, aleijando o filme de algo que seria
vital para mostrar o destino do qual Vlad quer livrar o seu povo e até mesmo
para que o público visse a extensão dos poderes e habilidades do Príncipe em
sua forma vampírica.
Os
embates que mostram Vlad combatendo exércitos inteiros lembram uma versão bem
genérica do game Castlevania Lords of
Shadow, sendo que o público não consegue sequer enxergar bem o que está
acontecendo na tela por conta da falta de condução de Shore em explorar
plasticamente essas lutas.
Drácula – A Historia Nunca Contada é um filme que dar um novo
reinicio ao conhecido personagem, mais falta ousadia para explorar o
potencial do mesmo, algo que pode ser
corrigido no futuro ou então esse
universo do estúdio será bem morto-vivo.