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Posted by : Unknown quarta-feira, 23 de julho de 2014


Nome Original: Dawn of the Planet of the Apes

Diretor: Matt Reeves

Duração: 131 Min




Os fãs da franquia "O Planeta dos Macacos"podem ficar tranqüilos. Depois do ótimo filme de 2011, "Planeta dos Macacos: A Origem” (Rise of the Planet of the Apes)", os roteiristas (Rick JaffaAmanda Silver e Mark Bomback) e o diretor Matt Reeves (“Deixe-me Entrar”, 2010), conseguiram manter e até, em certos momentos, superar a qualidade do seu antecessor, mostrando-se mais inteligente e profundo.


Esse novo filme nos coloca anos após o fim do primeiro filme, mais exatamente dez anos depois dos acontecimentos de A Origem. As primeiras cenas do longa nos explica o que aconteceu durante esse salto cronológico. O vírus ALZ-113,desenvolvido por humanos em laboratório, que aumentava a capacidade cognitiva dos símios, acabou causando uma das maiores epidemias que a raça humana já viu. A doença chamada de gripe símia,dizimou a população humana, restando apenas poucos, aqueles que desenvolveram resistência ao vírus. 


Os humanos remanescentes, contudo vivem agora num mundo sem muitos recursos e suas fontes de energia estão se esgotando. Malcom (Jason Clarke), um dos sobreviventes e seu grupo descobrem que a hidroelétrica presente na floresta Muir, nas proximidades de São Francisco, ainda tem condições de funcionar. Entretanto, é nessa área que César e os outros macacos desenvolveram uma sociedade complexa, baseada no apoio mutuo. Entretanto os macacos não confiam nos humanos, devido aos acontecimento mostrados no primeiro filme.

A trama do filme gira em torno dessa tensão entre os macacos e os humanos,depois que o grupo de Malcom, a mando de Dreyfus (Gary Oldman), uma espécie de líder dos humanos remanescentes, sobe a floresta para tentar reativar uma usina hidroelétrica que pode ser a solução para a escassez de energia.

Tenho que revelar que eu fiquei um pouco com medo desse filme. Quando soube que Rupert Wyatai deixar a produção devido ao cronograma apertado imaginei que a Fox fosse fazer uma produção puramente comercial e estragar o que tinha sido construído no filme de 2011. Fico feliz de dizer que quebrei a cara.


Devido ao sucesso que foi “Planeta dos Macacos: A Origem”, é claro e evidente que o estúdio liberou um orçamento maior para esse novo filme. Os efeitos visuais superam o seu antecessor, que já tinha efeitos muito bons. O filme é bem dirigido e a historia é mais profunda, ambiciosa e melhor contada. Se o primeiro trazia questões darwinistas, esse novo se foca mais em questões freudianas, sobre família e propriedades.

O roteiro não tem pressa em mostrar cenas de ação e as batalhas entre os humanos e os macacos, tem o seu ritmo próprio. Depois da abertura explicativa somos contemplados com silêncio e calma. É nesse momento que passamos a conhecer a sociedade construída pelos macacos, a sua cultura, a forma como se comunicam e suas hierarquias. O diretor, Matt Reeves, não tem pressa e construí as relação entres os personagens de forma louvável.


O destaque nas atuações fica, como sempre, para Andy Serkis, que mais uma vez arrasa ao dar feições e emoções ao líder dos símios, César. Gary Oldman aparece pouco mas domina em todas cenas em que está. Jason Clarke também não fica atrás e conseguem uma atuação a altura da de Serkis e a relação dos dois é um dos pontos fortes do filme.

A mixagem de som é outro ponto a ser elogiado, ele eleva a tensão em certas cenas de forma magistral, seja com o silêncios ou no momento de elevar a voz de alguns dos personagens. Porém, apesar de eu ser um grande fã do trabalho de Michael Giacchino (Lost, Ratatouille, Deixe-me Entrar), tenho que dizer que a trilha sonora foi um dos pontos mais fracos do filme.


Matt Reeves mostrou que é possível construir um blockbuster inteligente, emocionante, empolgante e bonito de se ver, com uma história que prende do começo ao fim, sem precisar explodir tudo toda hora.

Obs: Critica feita por Victor Fonseca









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