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Posted by : Unknown domingo, 18 de maio de 2014

Data de lançamento: 25/02/2014

Desenvolvedora:  MercurySteam

Distribuidora: Konami

Plataformas: PlayStation 3, Xbox360 e PC



O primeiro "Lords of Shadow" quebrou uma tradição incômoda: ser o primeiro "Castlevania" em 3D inquestionavelmente bom. Foi preciso uma produtora estrangeira, a espanhola MercurySteam, para fazer o que a japonesa Konami não conseguiu até hoje.

Embora tenha recebido críticas de que pouco lembrava "Castlevania", o sistema de combate, que toma emprestado elementos de "God of War", foi bastante elogiado.

Para "Lords of Shadow 2", a MercurySteam aumentou a ambição, abandonando a linearidade do primeiro jogo e adotando mapas mais abertos (como se não bastasse, o game traz dois mundos). E a história acompanha ninguém menos que Drácula, o grande nêmese da franquia.



Além da arma principal, o Chicote de Sangue, o protagonista pode usar outras duas armas: a Espada do Vazio e as Luvas do Caos, cada uma delas com características distintas. O chicote tem longo alcance, enquanto a espada tem o poder de recuperar a energia e congelar inimigos e elementos do cenários. As luvas, envoltas em fogo, tem a habilidade de destruir escudos e furar a defesa dos inimigos, além de destruir certas coisas do ambiente. O sistema nem é tão diferente do primeiro jogo, mas os papéis de cada arma estão mais definidos agora.

Todas essas características são postos à prova na resolução de alguns quebra-cabeças e, principalmente, nos chefes de fase. Muitos deles não podem ser derrotados golpeando a esmo, mas, antes, é preciso 'sacar' o que fazer para infligir danos.

Uma das marcas da franquia Castlevania é a sua trilha sonora de qualidade. Lords of Shadow 2 não fica atrás dos grandes títulos da série, apresentando uma bela evolução desde o último game, que tinha boas músicas incidentais, mas que não soavam muito inspiradas.
Aqui, cada melodia ajuda a criar o clima daquela cena em particular, o que é bem importante para um game como Lords of Shadow 2.

O trabalho de dublagem também merece nota, trazendo vozes de atores famosos, como Robert Carlyle, da série “Once Upon a Time” e de “Trainspotting”, Sir Patrick Stewart, de “X-Men”, e Richard Madden, da série “Game of Thrones”, que conseguem dar mais vida aos seus personagens, deixando a apresentação do game mais rica.



Conforme visto no final do primeiro game, Gabriel Belmont/Drácula estava em um estado lastimável após anos adormecido. A grande revelação que seguiu foi que essa nova realidade se passava em tempos modernos, dentro de uma grande cidade.

Em Lords of Shadow 2, descobrimos que esta cidade foi construída em cima das ruínas do castelo do Drácula e, por isso, se tornou alvo de súditos de Satã, derrotado por Gabriel no primeiro game, que buscam trazer o seu mestre de volta à Terra.

A ideia de um Castlevania em tempos modernos sempre pareceu interessante, nem que fosse pelo quesito “novidade” que ela apresenta. Depois de passar pelo prológo/tutorial, você é jogado nessa realidade, com lojas, mendigos e carros passando pelas ruas.

Caso o jogo se passasse na cidade, como acontecia no castelo do Drácula, deixando o jogador com total liberdade para ir e vir, Lords of Shadow 2 poderia se mostrar mais interessante.  Só que o game mostra algumas partes do lugar, intercalando com passagens no passado, mostrando o visual medieval que todos 
esperam de um título da série.

Porem o problema é quando o jogador resolver explorar livremente os dois mundos do game. Fazer isso é muito trabalhoso, por vários motivos. Primeiro, o mapa interno do game mostra somente a área onde o jogador está, mas de nada serve para visualizar a interligação entre as fases, que, por sinal, é bem confusa.

Depois, refazer os combates e as fases de plataformas demanda muita energia, tornando a exploração maçante. Sinceramente, depois que terminei o jogo, não tive a menor vontade de procurar pelos itens secretos, só de ter que refazer as lutas e os saltos pelo cenário.




Esses problemas de Castlevania: Lords of Shadow 2 até aqui são compreensíveis e facilmente superáveis. Só que aí começamos a pensar no esquema de stealth do jogo e as coisas mudam de figura.
Logo no início do game, Gabriel/Drácula está praticamente sem poderes, necessitando se esconder de inimigos para conseguir avançar por alguns trechos do cenário. Nada fora do normal e bastante compreensível.

Para se esconder, você precisa se transformar em ratos, utilizando pontos específicos dos cenário, e conseguindo dominar o corpo de inimigos, utilizando-os para avançar. Novamente, nada fora do normal.

O problema é que desde o início isso não funciona muito bem e só piora com o avanço do game. Seja pelo fato de na sua forma de rato você não conseguir fazer nada que preste ou, mesmo conseguindo recuperar seus poderes e se tornar o poderoso Conde Drácula, ainda ter que ficar se escondendo como uma criança amedrontada, o esquema de stealth irrita mais do que deveria.

Apesar desses pesares, Castlevania: Lords of Shadow 2 ainda consegue ser um jogo digno para o reboot da franquia. Apesar de utilizar o grande vilão da série como herói, mostrando que ele poderia ser algo além de um simples antagonista, o título consegue envolver o jogador e apresentar uma nova roupagem interessante à muitas vezes cansada franquia Castlevania.

O jogo ainda consegue proporcionar momentos empolgantes e emocionantes, mas os problemas que traz e a sensação de que ele poderia ser melhor tiram o brilho de um título que tinha tudo para agradar a novos fãs e aos antigos fanáticos pela saga da família Belmont.



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