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Posted by : Unknown quinta-feira, 14 de agosto de 2014


Ano de Produção: 2014

Nº de Episodios: 12

Duração: Aprox. 45 Min cada



Bom vou começar essa critica da mesma forma como iniciei o post com as primeiras impressões. Desde que 24 Horas encerrou suas atividades em sua oitava temporada (2010), em seu 24º episódio, nenhum fã esperava que Jack Bauer (Kiefer Sutherland) fosse retornar. Ele fez de tudo pra proteger a nação. Sacrificou sua família, amigos e até a ele mesmo. Só a gente, como telespectador, sabia o quanto ele defendia a sua bandeira e seus princípios, mesmo que sempre agisse duma forma que “o fim justificasse os meios”.

Foi com surpresa, então, que os fãs, e aí me incluo, receberam as notícias de que 24 Horas retornaria, com Kiefer Sutherland e tudo mais a que tínhamos direito, só que agora o roteiro partiria para a Inglaterra, e contaríamos com apenas doze episódios, dos vinte e quatro habituais. Ainda assim, seria um regresso bem-vindo, afinal, personagens icônicos nunca morrem em nossa memória. Eis que o tempo passou, veio a premiere desse novo projeto, e a pergunta ficou no ar: o seriado continua valendo à pena? Deveria ter sido ressuscitado? A resposta, no entanto, é delicada e pouco direta.


A trama se situa em Londres, onde Jack Bauer (Kiefer Sutehrland) finalmente reaparece, após anos sendo procurado pelas autoridades americanas e russas. No entanto, ele ressurge para impedir uma iminente ameaça ao presidente americano James Heller (William Devane), que está na capital inglesa para assinar um tratado. Sua administração enfrenta antipatia da população devido ao uso de drones, aviões teleguiados feitos para destruir seus alvos à distância. E são precisamente os drones que se voltarão contra os EUA e a Inglaterra, quando a terrorista Margot Al-Harazi (Michelle Fairley) assumir o controle deles para executar seu plano de vingança.

É realmente algo que impressiona na serie é a facilidade com a qual retomou sua produção. É como se o hiato de quatro anos não tivesse ocorrido: desde os primeiros minutos do primeiro episódio, estamos de volta ao clima de conspiração, ao relógio correndo e, pelo menos neste início, aos diálogos expositivos que tanto marcaram a trajetória da série. 

Essa facilidade com que “24 Horas” voltou à ação se deve principalmente ao retorno de vários nomes-chave da produção da série por tantos anos, como os roteiristas e produtores Howard Gordon, Manny Coto, Evan Katz e Robert Cochran (co-criador do seriado), bem como do diretor Jon Cassar, que no passado comandou alguns dos melhores episódios. Por um lado essa familiaridade é uma coisa boa, pois a série (quase sempre) se mostrou sólida – até nas suas temporadas mais fracas “24 Horas” conseguia entreter razoavelmente. Porém, esse retorno também demonstra que mais nada de novo pode ser feito com o formato do seriado. Espectadores que possivelmente esperam algo diferente podem se decepcionar – é basicamente uma “nona temporada”, e não uma verdadeira reimaginação para a série.


E realmente havia motivos para esperar algo novo. Ao contrário dos anos passados, “Live Another Day” foi composto apenas de 12 episódios ao invés dos tradicionais 24. A trama contou uma crise em metade de um dia, e apenas no último episódio há um salto temporal, para terminar as coisas 24 horas depois que elas começaram. O modelo com menos episódios é claramente copiado das séries da TV a cabo, e trouxe flexibilidade e um maior dinamismo à temporada.Se aplicando isso as tramas que, no passado são estendidas, foram concluídas rapidamente em “Live Another Day”, e a temporada sustentou um ritmo acelerado e urgente. Pôde não ter havido um frescor do ponto de vista narrativo, mas pelo menos houve boas doses de suspense e ação que lembraram o auge do seriado.Por outro lado o principal aspecto que nada contra a correnteza aqui é a previsibilidade. Após oito temporadas, já sabemos onde estão os pingos dos “is” de cada manobra dos roteiristas. Jack Bauer nunca se mete em uma toca sem saber a saída, é sempre o agente mais esperto em campo, não importa o quanto sofreu, sempre agirá como uma herói, ainda que tenha que quebrar regras para isso (e as quebrará) e haverá aqueles que desconfiarão dele, para depois se aliarem, quando descobrirem seus reais intentos.


De repente, talvez, nos esperavamos que este retorno pudesse marcar justamente uma virada na maré de Bauer, trazendo novos pontos de vista a uma linha de script reciclada, mas não foi o que houve. Evidentemente, não podemos dizer a uma obra audiovisual o que fazer, e devemos analisá-la não pelo que queríamos que ela fosse, mas sim pelo que é.

Bom Ao invés de criar personagens novos e ter todo o trabalho de estabelecê-los, “Live Another Day” traz de volta Heller, a filha dele Audrey (Kim Raver), um sólido interesse romântico de Bauer, e a Chloe (Mary Lynn Rajskub), agora com um visual estilo “Lisbeth Salander”. Todos já conhecem seus papeis e atuam bem, especialmente Devane como Heller – é dele o momento mais comovente da temporada, no episódio final. Até um vilão dos velhos tempos, um dos poucos a escapar da fúria de Bauer, também retorna nos últimos episódios…


Já dentre os personagens novos, Michelle Fairley faz uma vilã sólida e de presença, e Yvonne Strahovski convence ao fazer da agente Kate Morgan uma figura forte. Inicialmente, sua determinação em prender Bauer parecia uma forma artificial de criar tensão, mas depois os roteiristas acertaram a personagem ao transformá-la em aliada. E quanto a Kiefer Sutherland já se deve saber, ele já conhece o personagem e ainda consegue encontrar coisas interessantes para fazer com ele. A atitude durona de Bauer já é conhecida e o intenso ator tira de letra esses momentos.

No fim das contas, quando se faz a pergunta crucial “havia uma necessidade realmente criativa e interessante para se reviver a série?”, a resposta, pelo que se vê em “Live Another Day” é “não”. Mas no conjunto, e apesar de alguns problemas, foi uma boa temporada com o suspense, a ação e até o lado negro, característicos de “24 Horas”.







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