quarta-feira, 24 de setembro de 2014
Nome Original: La Belle et la Bête
Diretor: Chistophe Gans
Duração: 114 Min
Atualmente
Hollywood tem buscado nos contos de fadas em live action (pessoas reais) sua
nova fonte. Malévola, Branca de Neve e o Caçador e João e Maria
Caçadores de Bruxas são um exemplo, porem o cinema Frances, conhecido por ser
mais autoral também quis entrar no circuito.A adaptação A Bela e a Fera, cujo a
historia se passa na França é um filme com visual deslumbrante e com diferenças
consideráveis em relação à versão mais conhecida da história, a animação
produzida pela Disney que foi indicada ao Oscar de melhor filme em 1992.
Na
trama, passada em 1810, após o naufrágio de seu navio, um comerciante (André
Dussollier) financeiramente arruinado exila-se no campo com seus seis filhos,
três rapazes e três moças. Apenas a filha mais nova, Bela (Léa Seydoux – Azul é
a Cor Mais Quente) uma menina alegre e cheia de graça, fica entusiasmada com a
vida rural. O destino surge implacável de novo, quando o pai arranca uma rosa
para a filha de um jardim encantado e é condenado à morte pelo proprietário do
castelo, um monstro (Vincent Cassel).
Dirigido
por Christophe Gans (Pacto com Lobos e Terror em Silent Hill), o filme é um
esmero visual! Direção de arte, figurino e fotografia (com muitos cenários
criados em animação computadorizada) se destacam, gerando um mundo fantasioso
que mescla beleza e certo tom sombrio.
Esses
elementos se juntam a historia de maneira bem criável, já que o romance acaba
não sendo abordado da maneira que todos conhecemos. Há uma curiosidade, desejo
um pelo outro mais a química acaba sendo subentendida pelo fantasioso e alguns
momentos insinuações eróticas (bem leve viu rsrs!).
Entre as
diferenças referenciadas no começo, o acréscimo dos irmãos de Bela acaba sendo
bem irrelevante a historia. O passado da Fera ganha um ar mais fantasioso, mas
que se encaixa com a proposta visual do longa.
Léa
Seydoux é uma ótima atriz, mas aqui sua beleza é explorada em demasia
a ponto de não se compor sua Bela como devido, enquanto que Vincent Cassel
praticamente se esconde debaixo de tanta maquiagem e efeitos especiais – é
impossível reconhecê-lo na pele da fera!
No geral
A Bela e a Fera é um filme belíssimo, com boa valorização dos diálogos (caracteristica marcante do cinema Frances). A mudança da história pode agradar o publico
positivamente, mas tende a ser um algo bem menos relevante que seu lado técnico,
que sim por esse deve ser visto.
