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Posted by : Unknown quarta-feira, 14 de maio de 2014

Nome Original: Need For Speed

Diretor:  Scott Waugh

Duração: 132 Min









Need for Speed é a franquia mais bem-sucedida dos games de corrida, com mais de 140 milhões de cópias vendidas e dezenas de títulos lançados ao longo de 20 anos. Repleto de disputas clandestinas e fugas alucinadas da polícia, diversão sempre foi o ponto principal. Por não se preocupar com uma historia marcante talvez o seu grande trunfo para tentar a sorte nas telonas.
Com isso em foco  a Dreamworks com o diretor Scott Waugh (Ato de Coragem (2012), poderiam arriscar neste quesito sem muitas comparações com a série de jogos. Para tal, foram buscar Aaron Paul para o papel principal do filme, o Jessie Pinkman (Hey yo, Bitch!) de Breaking Bad, colocaram uma galera apaixonada por carros em uma oficina, um vilão que em alguns momentos é meia boca, mas faz bem seu papel e diversos alívios cômicos, que sempre funcionam em um filme, se bem executado (e em Need for Speed são muito bem executados). Mas como se distanciar de Velozes e Furiosos, série de filmes também sobre carros que um dia serviu de inspiração para os jogos da franquia da EA?
A resposta é simples: foque naquilo que os jogos de NFS trazem para os consoles, que são as corridas em seu estado puro, sem exageros, na fotografia com cenários e imagens de babar, além dos policiais, com muita perseguição em momentos  que a corrida já está difícil por causa dos adversários, imagina com outros carros tentando atrapalhar a vida do protagonista.

A história gira em torno de Tobey Marshall (o já mencionado acima, Aaron Paul,) que herdou uma oficina de seu pai, onde, juntamente com sua equipe, modifica carros para que se tornem tão mais rápidos quanto possível. Devido a esse trabalho ele recebe uma oferta de seu inimigo, Dino Brewster (Dominic Cooper) para concluir o trabalho de um Mustang, desenvolvido por um gênio já falecido. Após concluída tal reforma o carro é vendido, entretanto, com uma rixa entre Tobey e Dino, o piloto é convidado e aceita participar de um racha com o rival valendo os 25% que ele ganharia com a construção do Mustang. Na corrida, seu amigo/irmão Pete sofre um acidente causado por Dino que acaba causando o falecimento do jovem. Tal tragédia leva a prisão de Tobey por dois anos e o surgimento de um plano para se vingar do assassino de seu irmão, Dino, na famosa corrida De Leon.



Mas afinal, o que é preciso se fazer em um filme, para que se respeite a sua origem, no caso o game? Nós jogadores queremos nos lembrar da experiência que tivemos ao jogar o jogo, na hora em que estamos assistindo ao filme. Isso aconteceu em Terror em Silent Hill – o primeiro, a melhor adaptação de um jogo nos cinemas em minha opinião, ao ver a enfermeira, o Pyramid Head, a cidade cheia de névoa e tantos outros detalhes muito bem representados.  Portanto, o que faz com que os jogadores e fãs de uma franquia de games venham a gostar de um filme baseado no universo de determinada franquia, são os detalhes, as referências e os personagens. Se Need for Speed não possui personagens que façam o jogador associar o filme ao jogo, use os carros, os cenários e principalmente, os já citados detalhes, e aqui é onde o filme mais brilha, em todos os momentos me veio à cabeça os incríveis confrontos dos games:Underground 2, Most Wanted e Carbor– os que mais joguei. Fazendo jus às aventuras e às emoções que as corridas virtuais nos proporcionam. Não se é utilizado diálogos longos ou chatos, sendo assim exatamente iguais aos jogos, ainda com a presença de uma voz nos guiando para onde devemos percorrer, rota de fuga e tudo o mais. Já na primeira perseguição, somos jogados para trás do volante do Tobey, remetendo à incrível sensação de que estamos pilotando a máquina, igual ao game. Até mesmo os cenários são parecidos ao jogo, cidades nas quais pilotamos na contra mão, grandes avenidas com pedágios e ainda a presença do Drift.


Temos ainda um personagem sólido, convincente e carismático na pele de Aaron Paul, que consegue nos fazer imaginar como seria o rosto daquele que controlamos nos jogos. Aaron Paul, inclusive, que esteve incrível no personagem do início ao fim, consegue construir um protagonista forte junto com a talentosa atriz britânica Imogen Poots, interprete de Julia Maddon, compradora do Mustang e que o ajuda após os dois anos de prisão. Apesar de previsível o envolvimento dos dois é absolutamente divertido de se acompanhar.
Tal química, aliás, funciona com todo o elenco. De início fiquei um pouco assustado com algumas piadas bobas que são soltas em uma cena ou outra, mas com o desenrolar da trama e o laço de amizade dos parceiros, Tobey, Benny, Finn e Joe formando um Dream Team.É engraçado acompanhar, por exemplo, a sequência em que Joe e Finn ajuda Tobey e Julia a abastecer o Mustang em plena estrada. O esforço de ambas as partes para concluir o objetivo é de um companheirismo surreal e as caras e bocas que Finn e Julia trocam, já serve de prova viva para atestar a amizade de tais personagens.

No geral, Need for Speed como filme, é bom ,o roteiro pode até ser repleto de lugares-comuns, mas a narrativa tem energia,assim o filme resulta numa experiência despretensiosa e agradável.Para nós gamers, a experiência é altamente válida, pois é uma obra que vem para adicionar ao universo da franquia da EA, não sendo uma adaptação sem sentido, e servindo de exemplo para as próximas a vir. 


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