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Crítica - Operação Big Hero

By : Unknown
Nome Original: Big Hero 6

Diretor: Don Hall

Duração: 108 Min



Depois do arrasador Frozen, a Disney explora pela primeira vez sua filial Marvel. Os escolhidos são os (ainda) pouco conhecidos Big Hero 6, supergrupo de heróis inspirados no mangá japonês que, neste longa-metragem, ganha uma bela homenagem hollywodiana.

Quase tudo é diferente da história dos quadrinhos, contudo a relação do garoto Hiro e o robô Baymax é a mesma, e é o coração do filme. O ser cibernético com um quê de “balãozão” que mal cabe nos espaços feitos para os humanos presenteia o espectador com muito humor físico, com timing perfeito e que irá abrir um sorriso no até mais mal humorado dos indivíduos.

O filme tem início com uma apresentação do garoto Hiro Hamada, que logo de cara, já mostra o quanto é esperto e genial (dizer mais que isso é estragar a surpresa). Aos poucos, somos apresentados aos outros personagens da história: Tadashi, irmão mais velho de Hiro, desenvolve um robô-enfermeiro para cuidar da saúde das pessoas.  Como sabe da genialidade do jovem Hiro, Tadashi o leva até o Instituto de Tecnologia de Fransokyo – a cidade fictícia onde se passa a trama – e o apresenta a seus amigos Go Go Tomagov, Honey Lemon,Wasabi, e o aloprado Fred, fã de quadrinhos de monstros alem do Professor Callaghan, chefe e mentor de Tadashi no Instituto.


Por influência do irmão, Hiro se inscreve numa feira científica No entanto, um acidente na feira causa a morte de Tadashi e, pouco tempo depois, Hiro descobre que seus microbôs estão sendo produzidos em larga escala por um misterioso mascarado chamado Yokai com objetivos criminosos. Assim, junta-se a seus novos amigos e cria uma equipe de super-heróis para derrotar o vilão.

Operação Big Hero é o típico filme de origem, que necessita de um bom tempo para apresentar cada um dos personagens principais e também suas motivações. A animação segue o padrão Disney de qualidade, assim como a história exalta valores familiares e se posiciona a favor da ciência na eterna luta contra o capitalismo, por mais que o suposto vilão seja apresentado de forma um tanto quanto tendenciosa. Entretanto o charme da produção atende pelo nome de Baymax.


O carismático robô inflável é a alma do filme, da mesma forma como Groot o foi em Guardiões da Galáxia .Ele é puro, inocente e seu jeito autômato proporciona boas risadas além de momentos de extrema ternura que, facilmente, podem levar às lágrimas.

É muito bacana ver um filme onde a força dos personagens vem da sua fascinação pela ciência. Isso com certeza irá despertar a curiosidade dos pequenos pelo estudo e tirar o estigma de que quem estuda muito não pode ser divertido.

O filme só peca(e um pouco) pela falta de profundidade do vilão. É obvio que, como não é o protagonista, a trama não perde muito tempo com ele, mas deixá-lo apenas como um trampolim para os heróis agirem fará com que, a curto prazo, ele mal seja lembrado, diferentemente do caráter permanente dos outros vilões Disney, como Malévola, Jafar, Cruela, Capitão Gancho e tantos outros. Mas isso certamente não é motivo para prejudicar ou atrapalhar a diversão.


Ágil ,sendo um filme de origem Operação Big Hero entrega ao espectador uma boa dose de sequências de ação onde, uma vez mais, a inexperiência do grupo é ressaltada. Entretanto, é na empolgação  nerds dos heróis que reside boa parte da graça do filme: eles não precisam estar nesta situação, mas curtem um bocado vivenciá-las.Isto somado que é uma obra que trata de amizade, de ser honesto consigo mesmo, trabalho em equipe, criatividade, o vazio da vingança , moralidade e muito mais, o longa é  um prato cheio para os mais jovens e para os mais velhos, ainda mais se quem estiver assistindo for fã de quadrinhos.

Obs: Critica feita por Emile Campos







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Call of Duty: Advanced Warfare - Analise

By : Unknown
Data de Lançamento: 04/11/2014

Desenvolvedora: Sledgehammer Games

Distribuidora: Activision

Plataformas: Playstation 4, Xboxone, Playstation 3, Xbox360 e PC


Call of Duty revitalizou o gênero FPS(tiro em primeira pessoa).Quando todos cansaram  dos Medal of Honor e seus tiroteios na Segunda Guerra Mundial,Modern Warfare trouxe os conflitos modernos que então passaram a ser a bola da vez.Pois eis que novamente a serie tentar revitalizar sua formula.

Como disse acima a o novo game tenta já que Advanced Warfare não é uma revolução no mesmo nível da implantada por "Call of Duty 4" em 2007. Mas o jogo mostra que a franquia da Activision ainda tem muito a oferecer - algo que foi colocado em dúvida com o pouco eficiente "Ghosts".

O pilar da renovação de "Advanced Warfare" é o traje Exo, que transforma os jogadores em super-soldados capazes de realizar saltos impossíveis e se movimentar com uma agilidade sem precedentes na série. Com isso, ele faz do multiplayer de "Call of Duty" algo diferente pela primeira vez em anos.


Já a campanha se mostra em alguns(poucos )momentos diferencial,ao apostar em temas fora dos tradicionais e logo volta a nos entregar o esperado novamente sem mais nem menos.

A trama se passa no ano 2054, companhias privadas são as novas superpotências militares. Uma delas, a Atlas, é controlada por Jonathan Irons - personagem de Kevin Spacey que não coincidentemente lembra muito o Frank Underwood, de "House of Cards".

Após um incidente em Seul, o protagonista, Mitchell, troca a Marinha dos EUA pelo quartel-general da Atlas e rapidamente se envolve em uma série de eventos que alterarão o mapa dos poderes na metade do século XXI.


Bom pra começar depois de tantos anos no completo mais do mesmo, o multiplayer de "Call of Duty" finalmente ganhou novos ares com a chegada dos trajes Exo.

Capazes de alcançar grandes alturas, correr grandes distâncias rapidamente e até mesmo movimentar-se lateralmente, os jogadores finalmente precisam de novas estratégias para se dar bem no modo online, pois as anteriores  ficaram ultrapassadas.

Tanto as táticas ofensivas quanto as evasivas mudaram. Após derrotar um inimigo, é sempre bom saltar rapidamente para um ponto de vantagem na tentativa de surpreender o próximo.A esquiva lateral se torna muito importante para evitar confrontos indesejados(em momentos até melhor p mim que não sou um shooter rsrs!).

Mas "Advanced Warfare" não é "Titanfall". O 'feeling' do jogo ainda é o de um "Call of Duty". Ele faz o que os fãs queriam: melhora a fórmula da série sem que ela perca sua identidade.


Advanced Warfare conserta algo que foi reclamado em Ghosts, mapas extensos e mal construídos,alem de personagens lentos e desbalanceados.Aqui os mapas são menores e verticalizados, com caminhos que bifurcam e rotas alternativas por todos os lados. Quem fica parado, morre, e quem quer controlar o mapa precisa de real coordenação com seus aliados através do chat por voz. É a volta do "Call of Duty" frenético.

Isso, claro, em modos como o 'Team Deathmatch'. Curiosamente, em outros, como o 'Search & Destroy', que emula a fórmula de "Counter-Strike", em que cada jogador tem apenas uma vida por rodada, o ritmo muda, mas continua divertido.

Se no 'Free-for-All' vale tudo entre saltos gananciosos e disparadas frenéticas, no 'S&D' vence quem consegue controlar o desejo de sair voando pelo cenário, prosseguindo com bastante cautela. Enquanto isso, um 'Capture the Flag' torna-se muito mais interessante quando o jogador que está com a bandeira pode simplesmente saltar ao além e desaparecer em um piscar de olhos.

Vale mencionar ainda o inédito modo 'Uplink', em que dois times precisam, em suma, 'fazer gols' com um drone em formato de bola. Muito inteligente, ele rende disputas muito divertidas em que os jogadores devem utilizar todo o potencial de seus trajes Exo.


A parte gráfica é algo que levanta uma dualidade.O game é mais bonito que seus predecessores,algo mais que obvio e obrigatório para a nova geração. Mas é inegável que o elemento visual do game que causa o maior impacto é... o rosto de Kevin Spacey. Não fosse pela atuação do vencedor do Oscar, seria muito difícil prestar atenção nos longos diálogos de exposição.

Por outro lado a engine de destruição continuam a mesma,algo que seu rival Battefield já tem incorporado com constante evolução em seu motor gráfico.

Já as missões em curtos momentos consegue fugir de sua formula batida. O ponto mais alto da campanha é a missão, 'Sentinel'. Nela, o objetivo do protagonista é infiltrar uma casa, tomando cuidado para não ser alvejado por guardas armados ou drones, nem visto por civis.

As instruções que o jogador recebe de seu sempre presente suporte remoto são: "encontre um caminho até lá. Lhe ajudarei como puder". Por alguns minutos, o game deixa de arrastar o fã pela mão. E esse breve momento de liberdade é muito bom.

É uma grande pena que o resto do jogo não tente ser inteligente como a missão 'Sentinel', que prova que é possível fazer o jogador se sentir bem sem exagerar nos explosivos.


Porque as outras mesmo com os aparatos bélico formidável repete a mesmice dos anteriores,mostrando quão cansada está a formula dos shooters.

O modo Exo Survival se mostra também um pouco entediante , já que o modo demora para criar desafios para o grupo de jogadores que compõe o Coop.

CoD: Advanced Warfare se renova utilizando novo aparatos tecnológicos para melhorar seu multiplayer,mas se esbarra ainda na mesmice de suas missões single. Afinal,não é uma revolução, é antes uma evolução, que é o que se pede para um jogo que todos os anos se renova. Aliado a gráficos detalhados e à fluidez de 60 fotogramas por segundo, Advanced Warfare prova que Call of Duty continua a ser relevante e capaz de entreter.










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Crítica - O Hobbit: A Batalha dos Cincos Exercitos

By : Unknown
Nome Original: The Hobbit: The Battle of the Five Armies

Diretor: Peter Jackson

Duração: 144 Min


A segunda saga cinematográfica da Terra-Média chega ao fim com O Hobbit – A Batalha dos Cinco Exércitos, o último filme da grandiosa, porém irregular, trilogia do diretor Peter Jackson. Dividida em três filmes, a história de Bilbo Bolseiro adaptada do livro ‘O Hobbit’, de J.R.R. Tolkien, sofreu com problemas de ritmo e um inchaço do roteiro nos dois filmes anteriores, Uma Jornada Inesperada e A Desolação de Smaug. Por mais que Peter Jackson incluísse nos roteiros alguns contos inacabados escritos pelo próprio Tolkien e situações para interligar as duas trilogias, reaproveitando personagens como Frodo (Elijah Wood) e Legolas (Orlando Bloom), o material disponível não necessitava de três filmes para ser apresentado ao público.

 A Batalha dos Cinco Exércitos, o terceiro filme da franquia, volta a cometer falhas já conhecidas, mas de longe é o melhor longa-metragem da trilogia, apresentando cenas de ação de nível espetacular, uma boa dose de emoção e um empolgante desfecho que faz o elo preciso com O Senhor dos Anéis.


A história no novo filme começa no minuto seguinte ao fim de A Desolação de Smaug, com o dragão indo em direção a Cidade do Lago para destruí-la. A partir daí, os anões começam o processo de recuperação de sua antiga casa e, o agora Rei, Thorin se torna vítima da doença do ouro, convenientemente deixando-o em pé de guerra com qualquer um que queira uma moeda sequer de seu tesouro.

Ao mesmo tempo, diversos povos na Terra Média querem sua parte, afinal toda aquela riqueza agora está sem a vigilância do dragão. O fato é: reconquistar seu antigo lar não foi o bastante, agora Homens, Elfos e Orcs ameaçam entrar em guerra para conquistar a Montanha Solitária. E Thorin não pretende fazer nada para evitar essa batalha.

Antes de qualquer coisa, é preciso reconhecer que a terceira parte de ‘O Hobbit’ é um filme de guerra. Grande parte do desenvolvimento dos personagens e da construção dos conflitos entre elfos, homens, anões e orcs foram estabelecidos nos filmes anteriores, e por isso A Batalha dos Cinco Exércitos é quase inteiramente focado na guerra entre os povos pela disputa da Montanha Solitária. Após a belíssima sequencia inicial, cada raça define o seu lugar na grande batalha que se aproxima, enquanto a Comitiva liderada pelo incontrolavelmente ganancioso Thorin defende sua posição na Montanha.


 Contudo a maior sacada de Jackson e seus roteiristas Fran Walsh, Philippa Boyens e Guillermo Del Toro foi a de reduzir drasticamente a duração do filme, que ao contrário das quase três horas habituais dos outros filmes da trilogia,este traz “apenas” 144 minutos de duração.

Isso faz com que o longa ganhe em ritmo (que havia sido perdido no esticado filme anterior) e consiga disfarçar qualquer ponto negativo da  narrativa , que visivelmente não tinha mais nada de novo a agregar, dado o tamanho do livro no qual a trilogia O Hobbit foi baseada.

Abandonando o tom mais aventureiro e colorido dos dois primeiros longas, A Batalha dos Cinco Exércitos também se distingue como o filme mais sombrio da trilogia. A fotografia mais escura de Andrew Lesnie, que trabalhou com Jackson nos seis filmes, é coerente com os trágicos eventos que acontecem ao longo da película e com o ressurgimento das trevas na Terra-Média. 


E quando a batalha finalmente começa, o diretor Peter Jackson coloca em cena aquilo que ele sabe fazer de melhor: sequências de confrontos em uma escala épica e longas lutas extremamente bem coreografadas. São inúmeras e extensas tomadas de muita ação, realizadas com precisão e ainda levando certo peso dramático, já construído nos títulos anteriores. Com um aparato técnico impressionante e possuindo o poder máximo dos efeitos gráficos e práticos – que vão de gigantescos cenários internos e externos a centenas diferentes vestimentas com minuciosos detalhes -, a equipe constrói uma enorme zona de guerra e transporta o espectador para aquele ambiente hostil.Como não citar também a cidade sendo devastada pelas chamas de Smaug, potencializada pelo desespero dos habitantes. O dragão é novamente interpretado por Benedict Cumberbatch, que quase sussurrando expressa a personalidade maliciosa e arrogante do monstro.

Outro destaque vai para a cena de Galadriel (Cate Blanchet),Saruman (Sir Christopher Lee) e Elrond (Hugo Weaving) desafiando o necromante em Dol - Goldur. Simplesmente fantástico ver Lee com 92 anos chutar bundas como ninguém.E quanto a senhora de Lorien, apesar de curta sua cena é incrível.

Infelizmente o roteiro ainda perde tempo com subtramas e personagens pouco importantes, como o insuportável Alfrid (Ryan Gage), que de nada acrescenta a história e inúmeras vezes surge em cena.O romance entre o anão Kili (Aidan Turner) e a elfa Tauriel (Evangeline Lilly),ainda que sem funcionar como deveria, tem uma conclusão até que satisfatória, com destaque para a convincente atuação de Lilly, que foi corajosa ao aceitar o papel e construiu uma personagem marcante.Legolas apesar de não ser um personagem com grande importância para a historia,continua proporcionando cenas de ação f***.É difícil imaginar o que o personagem vai fazer usando sua destreza.


O arqueiro Bard, interpretado pelo promissor Luke Evans, consagra-se como um importante personagem durante a guerra, com muito mais importância e profundidade do que no livro, em que pouco é falado sobre ele. Já Thorin Escudo de Carvalho, cego devido aos montes de ouro que voltaram às suas mãos, torna-se o retrato do egoísmo e da ganância, o maior dos pecados em todas as obras de Tolkien e a grande fonte dos conflitos. A conturbada relação entre ele e Bilbo, em várias partes do filme, evocam as melhores atuações de seus dois intérpretes (Richard Armitage e Martin Freeman, respectivamente) em toda a trilogia e alguns dos momentos mais tocantes deste último capítulo.

Mesmo com problemas e longe do fenômeno de qualidade de sua precursora, a trilogia O Hobbit foi do início ao fim um deleite visual e um agradável retorno ao lar de hobbits, elfos e anões.Até que um próximo livro de Tolkien esteja disponível para se adaptar, siga uma ultima vez pela terra media com A Batalha dos Cincos Exercitos.




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Critica - Jogos Vorazes: A Esperança Parte1

By : Unknown
Nome Original: The Hunger Games - Mockingjay Part 1

Diretor: Francis Lawrence

Duração: 125 Min


A série Jogos Vorazes é um dos raros exemplos de como uma adaptação literária juvenil pode sim fugir dos padrões dos blockbusters atuais e mostrar conteúdo discursivo para com seus espectadores através da saga de Katniss (Jennifer Lawrence),jovem adolescente obrigada a enfrentar um torneio de vida ou morte.Reality shows,mídia manipuladora,tirania política são um dos vários levantamentos importantes que a autora Suzanne Collins abordou na sua obra.

Em Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1 tudo que foi construído nos filmes anteriores culmina numa guerra civil que pode significar a destruição de Panem ou a libertação de seu povo. O diretor Francis Lawrence mostra, mais uma vez, que sabe como tornar esses assuntos interessantes para os jovens e relevantes para adultos.


Dessa vez, Katniss acorda no hospital do Distrito 13,traumatizada após ser salva da arena do Massacre Quaternário. Ela não aceita o fato de Peeta (Josh Hutcherson) ter sido deixado para trás e dificulta os planos da fria presidente Alma Coin (Julianne Moore) de usá-la como símbolo da rebelião.Com isso ela precisa se redescobrir: como pessoa e também como liderança.

Com o foco potencializado na propaganda, o longa nos mostra como a imagem da protagonista é usada em prol da revolução. Precisando de um ícone para incentivar os distritos a se rebelarem contra a Capital, os comandantes da resistência não pensam duas vezes em aproveitar a popularidade de Katniss. Não importa como ela esteja, mas o que representa - e, para tanto, nada melhor do que uma boa maquiagem para vender bem o produto.Do outro lado a tática é usada de forma semelhante.Enquanto a Capital se utiliza de um discurso tendencioso, os rebeldes exploram ao Maximo as emoções de Katniss a seu favor sem o menor pudor.Como não imaginar certos exemplos em nossas campanhas políticas?

O fim justifica os meios, diriam alguns. Mas realmente se os rebeldes se usam de tais artifícios o que o fazem melhor que a Capital, já que a política do Distrito 13 se faz bem semelhante aos de seus opositores? É justamente este jogo político de bastidores o que há de mais interessante em A Esperança - Parte 1, seja pela dualidade manipulador/manipulado ou pelas próprias reviravoltas que o roteiro guarda. Neste tabuleiro, Katniss e Peeta são meros peões cujas emoções servem ao interesse de momento, por mais que o relacionamento entre eles sirva como linha mestra do roteiro.Até os demais personagens tem seus propósitos recolocados nesta nova realidade,seja pela crença,falta de opção ou senso de responsabilidade.


Para propor esta forte mudança na serie Francis Lawrence nos traz um mundo sujo,com cores cinzentas e não poupa de mostrar cenas um tanto forte para um filme voltado para um publico adolescente. Há bem menos cenas de ação em relação aos episódios anteriores, assim como um maior desenvolvimento psicológico da heroína. Há também uma certa perda de dinâmica na narrativa, muito devido a seqüências alongadas demais e o próprio tom reflexivo que norteia parte do filme. É nítida que algumas cenas(fica bem mais visível no final)se esticam até onde pode a trama do filme para que o exemplar final da franquia pudesse ser exibido em duas partes nos cinemas. Infelizmente, essa é a nova moda de Hollywood, fazer dois produtos inchados que poderiam, com bom trabalho de edição, se tornar apenas uma obra bem feita.

Apesar disso, o longa faz ótimo trabalho ao mostrar a evolução dos personagens. Josh Hutcherson , Jennifer Lawrence  e Liam Hemsworth  souberam como dar novos ares a velhos personagens, cada um com novas funções e desafios. Elizabeth Banks, como Effie, permanece como alívio cômico e Woody Harrelson ainda é o mentor de Katniss, mesmo fora dos Jogos. Philip Seymour Hoffman se destaca como Plutarch Heavensbee, a mente por trás da propaganda rebelde, em um de seus últimos trabalhos e a veterana Julianne Moore traz bem o tom frio e rígido ao seu personagem, a presidenta Alma(Dilma rsrs! Brincadeira!) Coin.


A Esperança – Parte 1 transmite de forma eficaz a idéia de que, em circunstâncias como essas, não há respostas simples. Não há herói perfeito ou governos ideais. O verdadeiro perigo está no extremismo: Até que ponto o ódio contra a capital pode levar todos ao fim? O inverso também é verdade. Dilemas como esse colocam a franquia como uma das melhores produções voltadas para o público jovem na atualidade,apesar que por questões mercadológicas (vulgo gananciosa),o estúdio prefira inflar o roteiro e capitalizar em cima dele ao invés de tentar transformá-lo em algo ainda mais especial.






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Critica - Interstelar

By : Unknown
Nome Original: Interstellar

Diretor: Christopher Nolan

Duração: 169 Min


Interestelar é o mais novo, além de mais ambicioso filme de Christopher Nolan. E olha que estamos falando do cara que fez a trilogia do O Cavaleiro das Trevas e do hypado A Origem. Fã confesso do diretor Stanley Kubrick , Nolan faz uma homenagem a 2001 - Uma Odisséia no Espaço, um dos maiores clássico da ficção e do diretor além de obra máxima do escritor Arthur C. Clarke, mas o espectador deve evitar entrar em maiores comparações entre as produções,já que cada uma questiona o publico de maneiras diferentes.

Em um futuro não determinado, mas também não muito distante, o engenheiro espacial Cooper (Matthew McConaughey) trabalha como fazendeiro cultivando milho para alimentar a população mundial. A maioria dos alimentos da Terra já acabaram e as plantações que restam são constantemente atacadas por pestes e tempestades de poeira. Ao lado dos filhos e do sogro (vivido pelo ótimo John Lithgow), ele vive simplesmente, mas se incomoda com o fato da humanidade ter se contentado em sobreviver e esquecido seu lado empreendedor. Ele é chamado para liderar uma missão espacial que busca explorar novos planetas que podem substituir a Terra.Uma jornada importante que pode ser a última esperança para a população do planeta.


Interestelar” é para o cineasta como se diz na estatística,um ponto fora da curva ,não apenas por conta do resultado final turbulento, mas também pela sua temática. Os filmes de Nolan sempre tiveram como motores narrativos a obsessão de seus protagonistas e um duelo perpétuo entre racionalidade e caos.

Baseando-se em diversos conceitos relativamente complicados (como a relatividade), Interstellar acaba apostando em muitos muitos muitos diálogos explicativos – e, se por um lado o didatismo ao longo do primeiro ato consegue deixar esses conceitos bem claros para que o roteiro os resgate sem problemas ao longo da projeção, nesta sua nova empreitada, o artista deixa tais marcas em segundo plano e coloca como força motriz da narrativa o amor. É aí que os problemas começam a surgir. Por mais que seja ótimo ver Nolan fugindo de sua zona de conforto, os discursos expositivos que os personagens fazem sobre o “amor” nunca são tão efetivos quanto a interpretação desse sentimento por parte dos atores. Ao investir em discursos verborrágicos sobre sentimentos, Nolan perde momentos preciosos de projeção que poderiam ser usados explorando tais sentimentos e suas implicações, vide a poderosa cena em que pai e filha – McConaughey e Foy – se abraçam e se indagam se ele voltará de sua perigosa missão,ou outra cena, McConaughey se rende emocionalmente à câmera, em um plano fechado que foca em sua reação devastadora a um vídeo.

O terceiro ato é também o mais irregular do filme, onde as tentativas de Nolan e seu irmão Jonathan de fechar algumas pontas do roteiro se mostram especialmente forçadas e até covardes. Christopher Nolan parece sentir a necessidade de complicar demais sua trama, o que mina a fluência desta, restando aos atores fazerem o impossível para parecerem humanos em meio a torrentes de diálogos de tecnobaboseira. Felizmente, o elenco escalado é magnífico e consegue transformar boa parte dos limões que lhes são dados em limonada.


Matthew McConaughey tem uma atuação incrível. Ele tem uma química muito boa com a jovem atriz Mackenzie Foy, que vive a filha dele,Murph, A garota está incrível, nos fazendo esquecer que um dia foi a filha de Bella Swan e Edward Cullen em A Saga Crepúsculo: Amanhecer.

Jessica Chastain, sempre ótima,é o eixo principal da trama, enquanto que Anne Hathaway ainda que mostrando força e naturalidade como a Dra. Brand sofra com os discursos meio incoerentes de sua personagem. O elenco conta ainda com as presenças de Michael Caine, Casey Affleck, Ellen Burstyn, Topher Grace e Wes Bentley

A parte visual do filme é acachapante, incrível, uma coleção de planos e sequências que daria para imprimir e pendurar no Louvre. Nolan parece tão maravilhado com o espaço quanto qualquer um, e isso se reflete na abordagem estética, que vai da sobrecarga de sentidos quando representa visualmente equações físicas até uma simples manobra da nave no espaço que, em silêncio, com a Terra ao fundo, surge de forma contemplativa como uma das cenas mais bonitas do longa. A diferença entre os cenários é uma atração à parte – enquanto a Terra é suja, árida, arenosa, um outro planeta é coberto de água – e o diretor consegue imprimir tensão, grandiosidade e até sensibilidade a diversos momentos (a contagem regressiva enquanto Cooper se afasta da casa é um bom exemplo).


A  trilha de Hans Zimmer, mais melancólica e etérea que o habitual, é belíssima, havendo novos ecos aqui de “2001”, e se mantendo bem na transposição da trama.

Interstelar é o filme mais problemático de Christopher Nolan. Possui derrapadas indesculpáveis no roteiro, de vez em quando apela para um sentimentalismo digno de postagem no Facebook e leva sua história além do que deveria.É o que chamamos de tropeçar nas próprias pernas. Mas ainda assim é uma experiência envolvente, gratificante, que bota a física quântica na mesa e brinca com ela para criar uma estrutura criativa e sempre interessante. Nolan nunca alivia ou simplifica as suas tramas e, apesar dos tropeços, Interstelar é uma jornada grandiosa e poderosa por tudo aquilo que só podemos sonhar em conhecer.

Obs: Critica escrita por Emile Campos






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Critica - Drácula: A Historia Nunca Contada

By : Unknown

Nome Original: Dracula Untold

Diretor: Gary Shore

Duração: 92 Min



Drácula, é um dos personagens mais cultuados da historia.A cada nova versão sua historia é recontada das mais variadas formas.Pois tendo direitos sobre os monstros clássicos(que inclue alem do vampirão, o Monstro de Frankenstein, A Mumia e o Lobisomen) a Universal tentar criar seu universo compartilhado começando por esse Drácula – A Historia Nunca Contada, filme que revisa as os origens do personagem lembrando os moldes do recente Malevola. Não há problema nenhum em humanizar o personagem-título ou transformá-lo em um herói trágico em suas origens. O problema é fazê-lo em um filme que renega o mundo bárbaro e sedutor no qual ele está inserido.

Dirigido pelo estreante Gary Shore e roteirizado por Matt Sazama e Burk Sharpless (também estreantes), o longa tem Vlad Dracul (Luke Evans) como um príncipe benevolente da Transilvânia que, quando criança, foi entregue como refém real para os turcos. Obrigado a lutar ao lado de seus captores, Vlad ficou conhecido como o Empalador, um guerreiro brutal e monstruoso.Após mais de uma década de paz, ele recebe a exigência do sultão Mehmed (Dominic Cooper) de entregar mil crianças de seu reino, assim como seu próprio filho, para servirem ao exército turco.


Sem defesa, Vlad procura poder nas trevas, fazendo um acordo com um mestre vampiro (Charles Dance) para ganhar a força que precisa para vencer seus adversários no campo de batalha. Se, em três dias, Vlad não sucumbir à sede de sangue humano que acompanham seus poderes, ele voltará a ser humano. Mas, se ceder, libertará o mestre vampiro e se tornará ele mesmo uma criatura das trevas para sempre.

Todos os aspectos do filme se mostram superficiais demais devido sua curta metragem, desde a culpa que Vlad sente pelos seus atos pregressos, passando pelo amor do herói por sua esposa (Sarah Gadon) e família, até chegar nas consequências de seu pacto com o Mestre – cuja participação na trama é mais uma lacuna para ser preenchida nos próximos capítulos da franquia que qualquer outra coisa, desperdiçando completamente Charles Dance em cena.

O lado dramático da trama como a sede e o afastamento da humanidade, características que deveriam estar presentes para nos mostrar a força de Vlad ao resistir a elas, mal são exploradas que ao invés de acrescentar camadas de complexidade ao personagem-título, acaba por diminuí-lo, apesar de Luke Evans tentar fazer o que pode com o material que tem em mãos.


Outro detalhe a ser visto é o cuidado extremo na hora  de apresentar o sangue  durantes as batalhas. Isso porque a imposição de uma censura baixa impede que a selvageria das batalhas ganhe as telas, aleijando o filme de algo que seria vital para mostrar o destino do qual Vlad quer livrar o seu povo e até mesmo para que o público visse a extensão dos poderes e habilidades do Príncipe em sua forma vampírica.

Os embates que mostram Vlad combatendo exércitos inteiros lembram uma versão bem genérica do game Castlevania Lords of Shadow, sendo que o público não consegue sequer enxergar bem o que está acontecendo na tela por conta da falta de condução de Shore em explorar plasticamente essas lutas.


Drácula – A Historia Nunca Contada é um filme que dar um novo reinicio ao conhecido personagem, mais falta ousadia para explorar o potencial  do mesmo, algo que pode ser corrigido  no futuro ou então esse universo do estúdio  será bem morto-vivo.





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